Ano VII

Silent Hill: Revelation

quarta-feira out 16, 2013

Silent Hill: Revelação (Silent Hill: Revelation, 2013), de Michael J. Bassett

No primeiro Silent Hill (2006), dirigido por Christophe Gans, Rose (Radha Mitchell) vai até o local do título, uma espécie de cidade fantasma, para resgatar sua filha adotiva Sharon. Lá ela descobre uma ceita (chamada de "Ordem") de fanáticos religiosos que queimam pessoas por esporte, mas descobre também as trevas. No final, mãe e filha voltam para casa, mas em outra dimensão.

Não era grande coisa, mas o roteiro inteligente de Roger Avary nos levava a torcer para as trevas e a direção eficiente de Gans mantinha o interesse até o fim.

Em Silent Hill: Revelação, Sharon cresceu; é agora uma garota de 18 anos que vive milagrosamente com o pai do primeiro filme (a mãe continua presa na outra dimensão). Ela agora atende pelo nome de Heather, e foge com o pai de cidade em cidade sempre que o pessoal do mal a localiza.

Se no primeiro há um certo tom épico na busca de uma mãe por sua filha, além de uma série de alusões a outros filmes, esta continuação se assemelha mais a um pastiche de filmes de horror contemporâneo.

Tanto a bruxinha do mal, Alessia, quanto os membros da ceita de fanáticos vão fazer de tudo para pegar a agora crescida Sharon, que conta com a ajuda de um garotão, filho de um membro da ceita.

A direção de Michael J. Bassett registra tudo com uma quantidade generosa de clichês do gênero e mais um tanto de bobagens, e o desfecho é uma piada de mau gosto.

A origem de tudo é um video game de grande sucesso. Nestes tempos em que o cinema é tido amplamente como mais uma diversão de shopping center, nada mais justo – e triste – que os games tomem conta de Hollywood, visual e narrativamente.

Sérgio Alpendre

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