Ano VII

Fluir

terça-feira dez 20, 2011

Poema: Bruna Pestana Bezerra

 

E eis que ao eclodir o grito

Se ouve de longe um breve sussurro

Sussurro este que expressa a alma e

Transborda sem regras, rédeas ou imposições

Aquilo que existe de mais íntimo,

O ser, o escrever, o ser lido.

 

Representada por letras e frases

A alma come as vírgulas e pontos

Alterando os sentidos e deixando tudo ambíguo

Já que ela é colapso e expansão

De espírito livre e indomável.

 

Às vezes finge se curvar às regras

E apreciar aquilo que lhe é imposto

E admira a vida sem limitações

Até que se esbarra em injustiças e desigualdades

Então se ouve o grito, a não conformidade

E a vontade de mudar o mundo,

Sem deixar de apreciá-lo.

 

E assim se descreve esta seção

E também aquela que a escreve

Que vive intensamente, corre e clama

Sem perceber se alguém reclama

Não se acomoda, exige mudanças e brinca de roda.

 

* * *

Bruna Pestana Bezerra faz administração, mas escreve e sonha em abraçar o mundo. Voa alto sem tirar os pés do chão, porque tem medo de altura.

Fale com ela (mas fale baixo): bruninha_pb@hotmail.com

 

 

 

 

 

 

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